sexta-feira, 20 de setembro de 2013

COMO DEUS ME FEZ



Quando fui feita pelas mãos de Deus, talvez tenha sido num fim de semana ou fim de expediente... Em um desses dias em que há falta de material e sobras para serem aproveitadas.
Talvez a própria ideia de minha criação tenha surgido pela necessidade de aproveitamento dessas sobras.
Então, célula por célula, pedaço a pedaço, com todo o amor com que criou a humanidade inteira, as Mãos Divinas foram me dando forma.

De ossos não havia escassez... Tive uma boa ossatura. Sangue para o tamanho de um bebê havia bastante.

O criador começou a ter problemas com as veias. Faltava um pedaço bem pequeno e,  para completar deu-me a que sobrou de um poeta.

No coração colocou as mesmas fibras dos grandes amantes e um pedaço do cérebro de um sonhador.

Depois, com visão própria de um Deus anteviu o meu destino... Estou certa de que se comoveu ao terminar-me... Tocou-me mais uma vez remodelando-me as formas e num gesto de Divina piedade, ao passar as mãos sobre meus ombros reforçou-os com as fibras com que formou os de Seu Divino Filho.

É por isso que nas horas tristes tento ser poeta! Mesmo quando a amargura é muita, o coração transborda de amor entre tanto desamor! E quando parecem perdidas as esperanças, ainda sonho! Sob o peso do infortúnio não vergam os ombros feitos da mesma fibra dos de Cristo. Sou capaz de jurar que, ao ver sua obra pronta para a vida, Ele hesitou... 
                                                      
                                                      “E o sexo? O forte ou o fraco?”.

Não custou a Se decidir... Tinha de ser o Forte!

E ME FEZ MULHER...

 Créditos: recebido em slide onde consta:
Imagem recebida por e-mail:
Texto cedido pela autora: Yeda Maria Finamore Ferraz


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

SACUDINDO A TERRA


Um dia o cavalo de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por si próprio. Por isso o animal relinchou forte, por muito tempo, enquanto o dono pensava numa solução para retirá-lo dali.

Finalmente tomou uma decisão. Concluindo que o animal já estava muito velho e não servia mais para o trabalho e também que o poço já estava seco necessitando de ser aterrado, não havia necessidade de atormentar tanto. Que ele fez!... Com uma pá começou a jogar terra dentro do poço para que o animal fosse enterrado mesmo estando vivo.

O cavalo não tardou a se dar conta do que estava acontecendo e relinchava desesperadamente. Mas num determinado momento aquietou-se. O camponês que continuava jogando a terra olhou pra dentro do poço procurando saber como estava indo o seu serviço. E o que viu?!... O cavalo de pé bem atento!

A cada pá de terra que caia sobre suas costas o cavalo a sacudia; e quando a terra caia no chão ele pisava, pisava...

Assim, ele conseguiu chegar ate a boca do poço passar sobre borda e sair trotando...

Pois é!

A vida vai jogar muita terra e sujeira sobre você. Principalmente se você já estiver no fundo do poço. Mas não fique aflito; o segredo para se livrar disso é sacudir a terra que lhe jogam nas costa e dar um passo sobre ela. Cada um dos nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos demos por vencidos. Use a terra que te jogam nas costa para seguir adiante.